quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Em cada palavra pulsa um coração.

Escrever é tal procura de íntima veracidade de vida. Vida que me perturba e deixa o meu próprio coração trêmulo so­frendo a incalculável, dor que parece ser necessária ao meu amadurecimento — amadurecimento? Até agora vivi sem ele! É. Mas parece que chegou o instante de aceitar em cheio a misteriosa vida dos que um dia vão morrer. Tenho que começar por aceitar-me e não sentir o hor­ror punitivo de cada vez que eu caio, pois quando eu caio a raça humana em mim também cai. Aceitar-me plenamente? é uma violentação de minha vida. Cada mudança, cada projeto novo causa espanto: meu co­ração está espantado. É por isso que toda a minha pa­lavra tem um coração onde circula sangue.
Um Sopro de Vida

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