quarta-feira, 11 de março de 2009

Noite impossível

{...} Ainda era cedo para acender as lâmpadas, o que pelo menos precipitava uma noite. A noite que não vinha, não vinha, não vinha, que era impossível. E o seu amor que agora era impossível - que era seco como a febre de quem não transpira, era amor sem ópio nem morfina. E 'eu te amo' era uma farpa que não se podia tirar com uma pinça. Farpa incrustada na parte mais grossa da sola do pé.

Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres

Um comentário:

Anônimo disse...

"E 'eu te amo' era uma farpa que não se podia tirar com uma pinça. Farpa incrustada na parte mais grossa da sola do pé." Amei está frase. Linda. Êta noita impossível.

Bjim*