Mas de vez em quando vinha a inquietação insuportável: queria entender obastante para pelo menos ter mais consciência daquilo que ela não entendia. Embora no fundo não quisesse compreender. Sabia que aquilo era impossível e todas as vezes que pensara que se compreendera era por ter compreendido errado. Compreender era sempre um erro — preferia a largueza tão ampla e livre e sem erros que era não-entender.
Clarice in Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres
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