segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Mas dessa vez...


certa tristeza tomou aquela mulher que, um pouco sonhadora, alisara o garfo. Quase sorria mesmo. De outras vezes, quando a filha a tocava, Ana se sobressaltava e ainda tentava trotar entre as coisas. Mas hoje arfava ligeiramente. Foi mesmo? repetiu in­clinando um rosto a que algum pensamento de tranqüilo desespero deu uma expressão de amor tão luminoso que se alguém a visse teria visto o amor.A certeza de uma grande experiência, apesar de sua vida reclusa, tomou essa mulher mais do que madura. Olhou com alguma piedade aquela moça à sua frente, cheia de estúpida juventude, a quem jamais se poderia ensinar a... a... bondade? que bondade? ela teria que aprender sozinha.

A Cidade Sitiada

Nenhum comentário: